Lançado em setembro de 2023, Frieren: Beyond Journey’s End (ou Frieren: Além da Jornada) não é só um anime — é uma experiência emocional. A história da elfa Frieren, que lida com a perda e a efemeridade da vida humana, cativou fãs e elevou o mangá ao top 3 de vendas em 2024. Com disponibilidade na Crunchyroll e Netflix, separo aqui 10 motivos para você não perder essa obra.
10. Animação Impecável: O Legado da Madhouse em Ação
Estúdio: Madhouse
Obras anteriores: Hunter x Hunter (2011), One Punch Man
A Madhouse elevou a régua com Frieren. Cada cena é uma pintura em movimento, desde os reflexos da luz nas armaduras até o movimento fluido dos cabelos durante as batalhas. O diretor Keiichirō Saito (de Bocchi the Rock!) priorizou detalhes sutis, como a textura das roupas medievais e a expressão facial minimalista da Frieren, que comunica mais que palavras. Nas lutas, a combinação de CGI discreto e animação tradicional cria sequências como a do episódio 16, considerado um marco técnico na indústria.
9. Mensagens Sobre a Vida: O Peso da Eternidade
Tema central: Valor do tempo
Para Frieren, 10 anos são um piscar de olhos, mas a série nos faz questionar: como aproveitamos nosso tempo limitado? A cena em que Himmel, já idoso, diz “Frieren, você finalmente veio nos visitar” (episódio 4) é um soco no estômago. A obra não romantiza o luto — mostra o arrependimento de quem deixou conexões para depois. Como espectador, eu me peguei refletindo: quantas memórias estou negligenciando no meu dia a dia?
8. Lutas Estratégicas: Magia com Cérebro, Não com Musculatura
Destaque: Episódio 9 (vs. Draht)
Ao contrário de shonens como Jujutsu Kaisen, as batalhas aqui são quebras de xadrez mágico. Um exemplo é o confronto contra Aura (episódio 18), onde Frieren vence não com poder bruto, mas explorando a arrogância da inimiga. A magia é tratada como ciência: feitiços têm limites de mana, e até a protagonista, com 1.000 anos de experiência, evita confrontos diretos. Para mim, a luta mais memorável é a de Fern contra Lügner (episódio 22), onde cada movimento é calculado como uma partida de poker.
7. Worldbuilding Sutil: Um Mundo que Respira História
Inspiração: Europa medieval + mitologia nórdica
A jornada de Frieren passa por reinos como Äußerst, onde a arquitetura lembra a Alemanha do século XV, e florestas habitadas por criaturas baseadas em lendas germânicas. Curiosidade: o mangá original (escrito por Kanehito Yamada) incluiu mapas detalhados no volume 5, mostrando rotas comerciais e ruínas de civilizações extintas — detalhes que o anime incorpora em cenas de fundo. Não é um One Piece em escala, mas a sensação de profundidade é única.
6. Sistema de Magia: Pedra, Papel e Tesoura Mortal
Feitiços memoráveis: Zoltraak (ataque penetrante), Série de Defesa Absoluta
A magia em Frieren é tão letal quanto imprevisível. Feitiços comuns podem ser neutralizados por contra-mágicas específicas, criando um equilíbrio frágil. No episódio 14, descobrimos que até demônios desenvolvem magias únicas, como Böse (que corrompe a mente). Para mim, o maior trunfo é que ninguém é invencível: Frieren perdeu para humanos como Flamme (sua mestre), mostrando que experiência não garante vitória.
5. Drama Humanizado: Lágrimas Sem Forçação de Barra
Cena mais emocionante: A história de Kraft (episódio 12)
Enquanto animes como Your Lie in April usam tragédias grandiosas, Frieren faz você chorar com pequenezas. Kraft, um anão que perdeu a esposa para o Alzheimer mágico, não lembrava do rosto dela, mas guardou o cheiro de suas flores favoritas. É um golpe baixo que ressoa com qualquer um que já perdeu alguém. Até os demônios, embora “malignos”, têm momentos de patética humanidade — como Qual (episódio 25), que tenta imitar emoções para sobreviver.
4. Personagens que Evoluem: De Elfos Robóticos a Humanos Imperfeitos
Desenvolvimento notável: Fern
Fern começa como uma órfã traumatizada, mas sua jornada para dominar a magia (e esconder seu vício em doces) a torna adorável. Já Stark, o guerreiro com medo de lutar, quebra o arquétipo do “machão” — sua cena de vulnerabilidade no episódio 7 (“Não quero morrer”) é uma das mais realistas que já vi. Até Himmel, que só aparece em flashbacks, ganha camadas: no mangá capítulo 60, descobrimos que ele mentiu sobre seu “destino heroico” para unir o grupo.
3. Diálogos Afiados: Filosofia sem Pretensão
Frase icônica: “A morte não é o fim. O esquecimento é.” — Heiter
Os diálogos em Frieren evitam monólogos dramáticos. Em vez disso, temos conversas como a entre Frieren e Fern no episódio 10: “Por que humanos colecionam livros se não têm tempo para lê-los?” / “Porque esperam que alguém, algum dia, os leia.” É uma troca simples, mas que encapsula a esperança na mortalidade. Para mim, o ápice é o discurso de Himmel no leito de morte: “Não me arrependo de nada… Mentira. Me arrependo de tudo.”
2. Moralidade Ambígua: Demônios Não São Vilões, São Predadores
Polêmica: A representação dos demônios
Demônios em Frieren não têm livre-arbítrio — são programados para matar, como vírus. Isso gerou debates: a comunidade no Reddit r/Frieren discute se a protagonista é “genocida” por exterminá-los. O mangá (capítulo 34) aprofunda isso: um demônio criança pergunta “Por que eu devo morrer?” e Frieren responde “Porque você não entende a pergunta.” É perturbador, mas proposital. A série não dá respostas fáceis, e eu adoro isso.
1. Ritmo Impecável: Zero Filler, 100% Essência
Episódios: 28 (Temporada 1)
Previsão da Temporada 2: 2026
Enquanto Naruto tem 40% de fillers, Frieren condensa 60 capítulos do mangá em 28 episódios sem pressa. A diretriz foi “menos é mais”: cenas como Frieren e Fern caminhando em silêncio (episódio 5) ou preparando o jantar (episódio 13) constroem química sem diálogos. Para quem tem pouco tempo, é perfeito: dá para maratonar em um fim de semana e sair transformado.
Onde assistir:
- Crunchyroll (legendado e dublado)
- Netflix (parte dos episódios, com dublagem em português)
PS: A segunda temporada promete adaptar o arco do “Reino do Céu”, considerado o melhor do mangá. Não fique para trás!
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