O mangá Jujutsu Kaisen chegou ao fim em setembro de 2024, após 271 capítulos de maldições, lutas épicas e reviravoltas. Mas, assim como outros shonens (olha aí, Naruto e Dragon Ball), a série acumula críticas por deixar personagens incríveis no esquecimento.
Enquanto Yuji, Sukuna e Gojo roubam a cena, vários outros nomes poderiam ter arcos memoráveis… se tivessem tempo de tela. Vamos falar de 10 deles, começando pelos 5 mais negligenciados!
Miwa Kasumi: a espadachim que virou piada (igual à tenten)
Miwa Kasumi, a espadachim do Kyoto Jujutsu High, tinha tudo para ser icônica: domina o Domínio Simples e usa a técnica Estilo das Sombras. Mas seu auge foi um Voto Vinculativo que prometeu nunca mais usar espadas… e não serviu pra nada (capítulo 214).
Ela tentou acertar Kenjaku com um golpe desesperado, mas falhou tão feio que virou meme, comparada à Tenten de Naruto. O pior? Gege Akutami, autor da série, admitiu em entrevista que Miwa foi criada para mostrar que “nem todo mundo nasce especial” — mas os fãs ainda cobram um resgate digno para ela.
Yuki Tsukumo: a feiticeira especial que morreu rápido demais
Yuki Tsukumo, a feiticeira de Grau Especial, tinha uma técnica absurda: Star Rage, que manipula massa para criar até buracos negros (capítulos 205-208). Ela era tão poderosa que poderia destruir a Terra, mas o mangá a matou em sua primeira luta séria contra Kenjaku.
Pior: Yuki tinha conexões profundas com Choso e a pesquisa sobre a alma, plot points que ficaram sem desenvolvimento. Os fãs especulam que ela poderia ter treinado Yuta ou Maki, mas Gege preferiu sacrificá-la para dar peso à ameaça de Kenjaku.
Noritoshi Kamo: o herdeiro do clã que sumiu do mapa
Noritoshi Kamo, do clã de manipuladores de sangue, começou como rival de Megumi no arco do Festival de Irmandade. Ele até usou a técnica Piercing Blood (capítulo 58), mas depois disso… sumiu!
No arco de Shibuya (capítulo 152), ele aparece brevemente para ser humilhado por Kenjaku. Considerando que o clã Kamo é um dos 3 Grandes Famílias Jujutsu, era esperado que Noritoshi tivesse um arco sobre pressão familiar ou herança amaldiçoada. Mas não: ele virou só mais um rostinho no fundo das panels.
Toge Inumaki: o garoto do “shake” que foi silenciado
Toge Inumaki, o especialista em Discurso Amaldiçoado, conquistou os fãs com seu jeito misterioso e frases como “Okaka” (que significam “perigo”). Mas após ser esmagado por Sukuna no arco de Shibuya (capítulo 125), ele praticamente desapareceu.
Ele volta só no capítulo 224, já no final da série, mas sem falas ou momentos marcantes. Curiosidade: no Jujutsu Kaisen Fanbook, Gege revelou que Toge vem de um clã que só se comunica por onigiri recheios para evitar acidentes com sua técnica. Dava pra explorar isso? Com certeza. Mas o mangá ignorou.
Momo Nishimiya: a bruxinha que virou figurante
Momo Nishimiya, a bruxa de vassoura voadora, foi introduzida como uma das alunas fortes de Kyoto. No arco do Intercâmbio entre Escolas (capítulos 24-30), ela enfrenta Nobara com sua técnica de Bola de Cristal, mas… é isso. Depois, ela só aparece em cenas de fundo ou como alívio cômico.
Até Mechamaru, que morreu, teve mais desenvolvimento! O pior é que Momo é do terceiro ano, mesma turma de Todo e Mai — personagens que, pelo menos, tiveram momentos de destaque. Ela? Nem uma flashback explicando sua técnica direito.
Utahime Iori: a professora misteriosa (e esquecida)
Utahime Iori, a professora semi Grau 1 da Escola de Kyoto, é uma das figuras mais intrigantes e pouco exploradas. Ela tem uma cicatriz no rosto que nunca foi explicada no mangá, além de uma técnica única, Solo Forbidden Area, que amplifica a energia amaldiçoada de aliados — algo crucial que poderia ter revolucionado batalhas, mas foi usado apenas uma vez.
Sua relação tensa com Gojo e seu passado (como ex-colega dele e de Geto) também foram apenas insinuados, especialmente em flashbacks do arco Hidden Inventory. Para piorar, Utahime sequer participou da batalha final contra Sukuna, apesar de ser líder de Kyoto!
Nobara Kugisaki: a “anti-sakura” que virou fantasma
Nobara começou como um sopro de fresh air: uma protagonista feminina destemida, com técnicas criativas (como Resonance) e personalidade afiada. Porém, após ser “morta” por Mahito no arco de Shibuya (capítulo 125), ela sumiu por 4 anos na publicação real.
Seu retorno nos capítulos finais (capítulo 243) foi épico, mas breve demais — sem explicações sobre como sobreviveu ou evoluiu. Fãs especulam que ela poderia ter uma conexão com a ancestralidade dos Star Religious Group, mas isso nunca foi confirmado.
Toji Fushiguro: o vilão que mudou o jogo (e desapareceu)
Toji Fushiguro, o “Assassino de Feiticeiros”, é responsável por moldar o universo de Jujutsu Kaisen: matou Riko Amanai, derrotou Gojo e Geto no passado, e influenciou diretamente Megumi.
Apesar disso, ele só aparece em 7 capítulos no total. Sua “ressurreição” durante o Incidente de Shibuya (capítulo 111) foi uma jogada genial, mas durou apenas uma luta contra Megumi. Toji merecia um arco explorando sua relação com o Clã Zenin ou sua queda como mercenário.
Aoi Todo: o gênio incompreendido (que sumiu no meio do caminho)
Todo brilhou contra Hanami e Mahito, mas após perder a mão (e seu Boogie Woogie original), ele desapareceu por mais de 100 capítulos 12. Seu retorno no arco final trouxe uma nova versão da técnica, usando Black Rope como substituto da mão perdida, mas foi pouco explorado.
Curiosidade: Gege Akutami quase o matou na luta contra Mahito, mas mudou de ideia para manter sua popularidade. Mesmo assim, Todo não teve um desfecho digno de seu carisma.
Shoko ieiri: a curandeira que virou plot device
Shoko, a médica do grupo, é vital para a trama — ela cura feridos e mantém a equipe viva. No entanto, sua personalidade e passado (como membro do trio original com Gojo e Geto) são quando inexistentes.
Ela não tem sequer uma técnica de combate revelada, sendo reduzida a uma função utilitária. Até seu dilema moral sobre reviver amigos mortos (como no caso de Yuji) foi ignorado