Desde seu lançamento em 2021, Dandadan vem quebrando expectativas ao misturar elementos de terror, comédia, romance e ficção científica de um jeito que só Yukinobu Tatsu (ex-assistente de Tatsuki Fujimoto, de Chainsaw Man) poderia criar. A história de Okarun e Momo, dois adolescentes obcecados por sobrenatural e alienígenas, virou um fenômeno – em 2023, o mangá já ultrapassou 3 milhões de cópias vendidas!
Mas, entre tantos arcos malucos, quais são os que realmente brilham? Baseado nas discussões da comunidade e na minha experiência como fã, aqui está minha lista pessoal dos 9 melhores arcos de Dandadan – do mais fraquinho ao imperdível.
9. Serpo: o arco que preparou o terreno

Capítulos: 18-27
O arco Serpo reintroduz os aliens do início da história, focando na dinâmica entre Momo, Okarun e Aira – a rival de cabelo rosa que adora provocar o casal. Apesar de divertido, senti que falta o impacto emocional dos outros arcos. A grande sacada aqui é a chegada de Jiji, um personagem que ganharia destaque mais tarde.
Curiosidade: A cena em que os Serpo tentam “coletar material genético” de Momo foi censurada na China, mas virou meme no ocidente pela absurdez cômica.
8. Vovó Turbo: a introdução que ninguém esperava

Capítulos: 1-8
O primeiro arco já mostra que Dandadan não segue regras. A Vovó Turbo, um fantasma de túnel com um passado trágico, é uma metáfora brilhante para solidão e redenção. Achei genial como Tatsu equilibra humor (Okarun perdendo as bolas literalmente) com momentos sombrios, como a revelação do verdadeiro propósito da Vovó.
Detalhe: A edição física do Volume 1 vendeu 50 mil cópias em uma semana no Japão, provando que a loucura inicial cativou os leitores.
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7. Onbusuman: um respiro emocional

Capítulos: 121-128
Após o caos dos Globalistas Espaciais, este arco traz Rin Sawaki, uma colega de classe de Okarun que quase passa despercebida nos primeiros capítulos. Sua história de bullying e o yokai que a assombra me lembraram temas maduros de O Fantasma de Canterville, mas com o toque absurdo de Tatsu.
Na minha opinião: Rin merecia mais desenvolvimento, mas o arco funciona como um “descanso” necessário antes do próximo tsunami de ação.
6. Acrobatic Silky: quando o mangá encontrou sua voz

Capítulos: 9-17
Aqui, Dandadan para de ser só uma comédia e abraça o drama. Aira e Silky (uma yokai acrobata com um passado de abandono) roubam a cena, enquanto Okarun tenta recuperar suas… bolas. A cena em que Silky dança no ar enquanto luta é uma das mais belas do mangá, mostrando que Tatsu domina tanto o traço dinâmico quanto a narrativa sensível.
Trivia: Silky é inspirada em Yūrei (fantasmas japoneses), mas com uma twist moderno que remete a Kill la Kill.
5. Kaiju: o arco que colocou Tatsu no mapa

Capítulos: 63-73
Okarun vs. um Kaiju gigante? Sim, e funciona! Este arco introduz Vamola, uma alienígena que viria a ser crucial, e Kinta Sakata, o nerd de robôs que todo shonen precisa. A luta entre o mecha de Kinta e o Kaiju é uma homenagem a Pacific Rim, mas com a loucura única de Tatsu.
Por que amo: A cena em que Okarun usa suas bolas recuperadas para dar um soco épico no Kaiju é puro hype – e prova que ele é um dos protagonistas mais subestimados do shonen atual.
4. Danmanra: o jogo mais perigoso do mundo

Capítulos: 129-165
Momo presa em um jogo amaldiçoado? Soa clichê, mas Tatsu reinventa a fórmula. Unji Zuma, o parceiro de Momo no jogo, tem um backstory tão doloroso quanto o de Denji (de Chainsaw Man). Achei brilhante como o arco explora o medo de solidão de Momo, enquanto Okarun luta para trazê-la de volta.
Opinião polêmica: A ausência de Aira e Vamola decepcionou, mas Zuma compensa com seu carisma tragicômico.
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3. Globalistas Espaciais: o épico que redefine a série

Capítulos: 74-120
47 capítulos de pura guerra intergaláctica! Os Kur, alienígenas colonizadores, são vilões dignos de Star Wars, e o desenvolvimento de Vamola (uma refugiada cósmica) dá camadas emocionais à trama. A batalha final, com Okarun e Momo usando poderes yokai e alienígenas simultaneamente, é o momento que definiu Dandadan como um clássico moderno.
Curiosidade: Tatsu admitiu em entrevista que se inspirou em Neon Genesis Evangelion para criar a atmosfera apocalíptica deste arco.
2. Casa Assombrada: quando tudo mudou

Capítulos: 28-50
Este arco é onde Dandadan parou de ser “só mais um mangá” para mim. Jiji, o garoto possuído pelo yokai Evil Eye, tem uma relação com Okarun que lembra Naruto e Kurama – mas com mais piadas de pum. A casa assombrada esconde segredos familiares perturbadores, e a luta contra o Evil Eye é uma mistura perfeita de horror e comédia.
Não esperava: O flashback de Jiji revelando sua vida antes do yokai me fez chorar – algo raro em uma obra tão absurda.
1. Evil Eye: o arco que tem TUDO

Capítulos: 51-62
Sim, o Evil Eye é meu arco favorito – e o mais subestimado. Aqui, Okarun enfrenta o yokai dentro de Jiji não com socos, mas com empatia. A cena em que ele abraça Evil Eye, entendendo sua solidão, é uma das mais bonitas do shonen moderno. Tatsu prova que até monstros podem ser complexos, e que família não é só laços de sangue.
Por que é o melhor: Este arco define o coração de Dandadan: uma história sobre aceitar o estranho dentro de nós. E, cá entre nós, a luta final contra o Evil Eye tem um dos double spreads mais lindos já desenhados por Tatsu.